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Reporteres sem fronteiras

Família Frias

Família Frias

A família Frias controla a Folha da Manhã S. A. há duas gerações, desde que Octávio Frias de Oliveira e o sócio, Carlos Caldeira Filho, adquiriram a empresa, em agosto de 1962. Dois anos antes, o jornal havia mudado de título, para Folha de S. Paulo, mas o nome da sociedade permaneceria o mesmo da sua época de registro, em 1931.

Octávio Frias e Caldeira chegaram a adquirir três emissoras de televisão em 1967, no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, organizando aquele que seria o embrião de uma rede associada à TV Excelsior, de São Paulo. O projeto acabou abandonado dois anos depois. Na mesma época, investiram na modernização industrial da Folha de São Paulo, com a compra de novos equipamentos.

Otávio Frias Filho assumiu o posto de secretário-geral do recém criado Conselho Editorial da empresa em 1978, dando início à segunda geração da família à frente dos negócios. A Folha de S. Paulo iniciaria naquele momento uma série de mudanças na estrutura da sua redação, cabendo ao Conselho Editorial a implementação do “Projeto Folha” - que consistia na adoção de uma nova linha editorial para o jornal, incluindo a incorporação de estratégias de marketing na ação jornalística.

Otávio Frias Filho era um recém chegado na Folha, onde havia começado a trabalhar em 1975. No período, escrevia editoriais e assessorava o editor-chefe, Cláudio Abramo. Graduou-se em Direito em 1980, na Universidade de São Paulo (USP), e fez posteriormente pós-graduação em Antropologia na mesma universidade, mas não chegou a apresentar uma dissertação de mestrado. Também escreveu seis peças de teatro, três delas publicadas no livro Tutankaton (1991), junto com ensaios sobre cultura.

Em 1981, após um movimento de greve dos jornalistas da cidade de São Paulo, a Folha de S. Paulo modificou os critérios de preenchimento dos cargos de confiança da empresa. Tendo à frente Otávio Frias Filho, o Conselho Editorial passou a exigir dos ocupantes daqueles cargos a solidariedade para com o projeto político do jornal. Em documento divulgado no ano seguinte, “A Folha em busca do apartidarismo, reflexo do profissionalismo”, o conselho comandado por Otávio Frias Filho apontava que a luta a ser travada pelo jornalismo era “contra o preconceito, contra o senso comum, contra a falta de clareza e concisão, contra as informações incompletas e ambíguas”. Em 1984, Frias Filho assumiu o cargo de diretor de redação do jornal, mantendo a responsabilidade sobre a reforma editorial. Entre suas principais medidas neste período asssociadas ao Projeto Folha, está o lançamento do manual de redação da Folha de S. Paulo, que sistematizava os procedimentos e normatizava a operação do setor de redação, além da criação do cargo de ombudsman, isso já em 1989.

Desde que assumiu o comando da Folha de S. Paulo, Otávio Frias Filho priorizou os aspectos técnico e operacional da gestão do jornalismo, numa suposta virada em relação a uma eventual abordagem de cunho mais político adotada anteriormente pela redação. O período coincide também com um momento de transição para a sucessão do comando do Grupo Folha: do antigo proprietário, Octávio Frias de Oliveira, aos filhos Otávio e Luís. Este último, assumiria a presidência da empresa em 1993, cargo que ocupa até hoje.

Octávio Frias e Caldeira desfizeram a sociedade em 1991, após 30 anos de colaboração mútua. Frias ficou com o controle da empresa de comunicações, enquanto o segundo assumiu os demais negócios e os imóveis em comum dos empreendimentos. Frias faleceu em 2007.

O pai de Octávio Frias, Luís Torres de Oliveira, foi juiz de direito da cidade de Queluz, no interior de São Paulo. Mas a família paterna possuía relações com a política no Rio de Janeiro. O avô, Luís Plínio de Oliveira, teve participação na obra dos Arcos da Lapa, que levava água do bairro de Santa Teresa para a região central da cidade. Já Octávio havia ocupado o cargo de diretor do Departamento Estadual do Serviço Público de São Paulo durante a década de 1940, respondendo pela contabilidade e planejamento, e fora acionista-fundador do Banco Nacional Imobiliário (BNI), onde ocupou o cargo de diretor da carteira imobiliária. Neste período, lançou um programa de condomínios a preço de custo, por meio do qual foram construídos os prédios da Copan e da Galeria Califórnia, ambos projetos de Oscar Niemeyer, como também o Teatro Maria Della Costa.

Na década seguinte, fundou a empresa Transaco - Transações Comerciais, especializada na venda de ações diretamente ao público. A empresa acabaria por prestar serviços ao jornal Tribuna da Imprensa, de Carlos Lacerda, no Rio de Janeiro, e à Folha da Manhã, de José Nabantino Ramos, em São Paulo. No início da década de 1960, Octávio Frias se associou ao empresário Carlos Caldeira Filho para a construção da Estação Rodoviária de São Paulo e, em 1962, para a aquisição da Folha de São Paulo.

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Carlos Caldeira Filho, prefeito de Santos entre 1979 e 1980, pela Arena, indicado por Paulo Maluf; presidente da Fundação Cásper Líbero, de 1976 a 1979; exerceu funções no conselho e na diretoria do Santos Futebol Clube, sendo eleito presidente em 1976 - não assumiu por problemas de saúde ; Carlos Jacomine, diretor-geral na Plural Indústria Gráfica, vice-presidente e diretor administrativo-financeiro da Associação Brasileira de Empresas com Rotativas Offset (ABRO), diretor financeiro da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), diretor de Relações com o Mercado e Grandes Empresas da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional).

Outras Informações

Dados Publicamente Disponíveis

dados de propriedade são facilmente acessíveis em outras fontes, como Juntas Comerciais etc

2 ♥

Fontes

http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/folha-de-sao-paulo

FGV CPDOC. Folha de São Paulo, verbete. Accessed Oct. 2017

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