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Reporteres sem fronteiras

Grupo Folha

Grupo Folha

A Folha da Manhã S.A. deixou de ser um jornal para começar a se tornar um grupo de comunicação em 1996, ano de realização da parceria com a gráfica estadunidense Quad Graphics. Da parceria nasceu a empresa Plural, que se instalou ao lado da gráfica da Folha, mas que possui administração completamente independente. “Nosso negócio é conteúdo, mas somos grupo de mídia, não só de mídia impressa", dizia à época Luís Frias, presidente do Grupo Folha.

No ano anterior, o grupo se lançou também nos caminhos da informação eletrônica, com a criação da empresa Universo OnLine (UOL) e do portal alimentado com conteúdo dos jornais Folha de S. Paulo, Folha da Tarde e Notícias Populares, textos traduzidos para o português do New York Times e do Boston Globe e material da revista IstoÉ. Para a reestruturação administrativo-financeira, foi criada a holding Folhapar, atraídos sócios e fomentados novos empreendimentos. Com as estratégias adotadas pelos herdeiros da família Frias, o faturamento do grupo dobrou em apenas cinco anos, de 1995 para o ano 2000.

As origens da Folha da Manhã S.A., empresa que controla o jornal Folha de S. Paulo, estão no ano de 1921, quando um grupo de jornalistas, alguns dos quais oriundos do jornal O Estado de S. Paulo, se juntou para fundar a Folha da Noite. Entre eles estava Olívio Olavo de Olival Costa, que exerceu a função de redator n’O Estado de S. Paulo, e Júlio Mesquita Filho, filho do proprietário do Estadão. O novo empreendimento também contava com a participação de Pedro Cunha, Leo Vaz, Mariano Costa e Artêmio Figueiredo.

O Brasil vivia uma grande agitação política e social na década de 1920, naqueles que seriam os últimos anos da República Velha. Na imprensa, o período foi marcado por uma censura rígida, e, nesse contexto, a Folha da Noite teve sua circulação proibida entre 3 e 31 de dezembro de 1924. Para diminuir os prejuízos econômicos, seus diretores lançaram um segundo jornal, a Folha da Tarde, que tinha exatamente a mesma equipe e a mesma estrutura do diário anterior. A circulação da Folha da Noite voltou a ser autorizada no dia 1º de janeiro de 1925, mas a direção optou por manter simultaneamente os dois jornais. Assim, no dia 20 daquele mês de janeiro, o segundo diário teve retomada sua circulação com o título de Folha da Manhã, que daria nome depois ao grupo de diários. Já o nome Folha da Tarde seria novamente adotado em 1949, para designar um terceiro jornal lançado pela empresa.

A Folha da Manhã S.A. foi formalmente constituída em 1931, tendo então no seu quadro de diretores Otaviano Alves de Lima (proprietário), Rubens do Amaral, Diógenes de Lemos Azevedo, Guilherme de Almeida, Pedro Cunha e Olival Costa. Otaviano de Lima provinha de família tradicional e reforçou a adoção de nova linha editorial na empresa, voltando sua atenção para os “lavradores de São Paulo”, como designava os proprietários de terras no meio rural, principalmente os cafeicultores. Antes disso, a Folha da Manhã trazia linguagem e conteúdo voltados para os pequenos comerciantes e os profissionais liberais de uma São Paulo em franco crescimento, enquanto a Folha da Noite, de linguagem mais popular e traços de humor, dirigia-se à classe trabalhadora, publicando, inclusive, artigos em diversas línguas para atender aos interesses dos imigrantes que buscavam trabalho na cidade.

A aproximação entre os diários e as oligarquias, na verdade, já era um processo em andamento. O traço marcadamente paulista das Folhas tinha motivado sua oposição à Revolução de 1930, que retirou o controle sobre o poder político nacional das oligarquias de São Paulo e Minas Gerais. Tal movimento seria mantido a partir de 1945, quando José Nabantino Ramos assumiu a direção das três Folhas. Nabantino tinha ligações com o general Eurico Gaspar Dutra, recém empossado como chefe do governo federal. Já um dos financiadores do negócio e novo diretor-presidente da Folha da Manhã S.A.. Alcides Ribeiro Meireles, tinha interesses agrários.

A família Frias só assumiu o controle sobre a Folha da Manhã S.A. em agosto de 1962, quando as três Folhas já circulavam em um único caderno, sob o título Folha de S. Paulo. Os empresários Octávio Frias de Oliveira e Carlos Caldeira Filho, sócios no negócio, adotaram uma postura empresarial agressiva para ampliar seu público leitor. Uma das estratégias usadas foi a aquisição de frota própria para a distribuição do jornal, o que permitiu que a publicação chegasse antes dos concorrentes nas regiões de interior. Também implementaram melhorias na área de impressão.

Assim, um ano após a aquisição da empresa, a Folha de S. Paulo se transformou no jornal de maior circulação paga no Brasil, segundo dados apresentados pelos novos proprietários na edição de 4 de agosto de 1963. No entanto, as mudanças não foram apenas de ordem empresarial. Em conjunto com o Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, a Folha de S. Paulo patrocinou em 1963 a realização do I Congresso Brasileiro para Definição das Reformas de Base, reunindo as suas próprias propostas de reformas para o governo João Goulart, mas que foram encaminhadas ao Legislativo.

A Folha de S. Paulo apoiou o conjunto de acontecimentos que levaram ao golpe de 1964 no Brasil, embora depois do mesmo consumado tenha buscado uma posição de independência em relação ao governo militar.

Nos últimos anos da década de 1990, a Folha de S. Paulo seguia sendo o maior jornal em circulação média do país, atingindo, aos domingos, a marca de dois milhões de exemplares pagos. Essa liderança foi mantida na década seguinte. Entretanto, ao passo que havia começado o novo século com uma tiragem média de 429.476 jornais ao dia, sua circulação caiu, fechando o primeiro trimestre de 2009 com média de 298.352 jornais – acompanhando a crise que se abateu então sobre toda a imprensa brasileira. Em 2016, a média diária de circulação foi de 309.700 unidades.

Informações Básicas

Empresa Mãe

Folha da Manhã S.A.

Tipo de Negócio

Privado

Forma Legal

Corporação

Setores de Negócio

Mídia

Propriedade

Proprietário Individual

Veículos de Mídia
Outros Veículos de Mídia

Outros veículos impressos

Jornais: Folha de S. Paulo (9,24%), Agora São Paulo (2,42%), Alô Negócios, Folha de S. Paulo edição regional Ribeirão Preto, Folha de S. Paulo edição regional Campinas e Vale do Paraíba.

Outros Veículos Online

Universo Online (www.uol.com.br)
Folha de S. Paulo (http://www.folha.uol.com.br/)

Fatos

Negócios na Mídia

Mercado editorial

Publifolha

Internet

UOL

Agência de notícias

FolhaPress

Negócios

Negócios

Mercado editorial | Publifolha#
Mercado editorial | Livraria da Folha (virtual)#
Mercado editorial | Folha Gráfica#
Mercado editorial | Transfolha#
Mercado editorial | SPDL (partnetship with O Estado de S. Paulo)#
Internet | UOL#
Agência de notícias | FolhaPress#

Negócios Internacionais

Editorial (impressão) I Plural Indústria Gráfica (joint venture entre o Grupo Folha e a Quad/Graphics, dos Estados Unidos)

Informações Gerais

Ano de Fundação

1921

Fundador

Olívio Olavo de Olival Costa, Julio Mesquita Filho, Pedro Cunha, Leo Vaz, Mariano Costa e Artêmio Figueiredo.

Empregados

7000

Contato

Sede São Paulo - SP - Alameda Br. de Limeira, 425 Campos Elíseos - São Paulo - São Paulo - CEP: 01202-900 - (11) 3224.3129 - www.folha.uol.com.br

CNPJ

CNPJ 60.579.703/0001-48, 01.109.184/0001-95

Informações Financeiras

Receitas (Dado Financeiro/ Opcional)

2015: R$ 526

Lucro Operacional (em US$ M)

2015: R$ 2,6

Publicidade (em % de receitas)

Sem Dados

Gestão

Diretoria

Marcelo Benez (comercial), Murilo Bussab (circulação), Marcelo Machado Gonçalves (financeiro) e Eduardo Alcaro (planejamento).

Diretoria Não Executiva

Luiz Frias (Presidente), Otavio Frias Filho (editorial), Antonio Manuel Teixeira Mendes (superintendente), Judith Brito (superintendente).

Conselho Fiscal

Sem Dados

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