O Globo
O jornal O Globo existe desde 1925 e foi o pioneiro do Grupo Globo. Sua tiragem média em 2016, somando impresso e digital, é de cerca de 302 mil exemplares, com circulação bastante significativa na cidade do Rio de Janeiro.
Foi criado em 1925 por Irineu Marinho, que faleceu 21 dias após o lançamento, deixando a viúva, Francisca Marinho, como principal proprietária. O filho do casal, Roberto Marinho, assumiu a função de secretário, tornando-se presidente do jornal a partir de 1931. O jornal funcionou como vespertino de 1925 até 1962, quanto se tornou um diário matutino. O Globo foi o primeiro jornal brasileiro a circular aos domingos, em 1972. Dois anos depois, as Organizações Globo (atual Grupo Globo) criaram a Agência O Globo (AOG), que distribui informações produzidas nos veículos da empresa. A agência conta com mais de 10 milhões de imagens, dois milhões de páginas, 10 mil infográficos, além de aproximadamente 11 milhões de artigos e reportagens dos jornais O Globo e Extra. A AOG distribui diariamente mais de 300 notícias das diferentes editorias dos jornais.
Desde 2009, O Globo busca se afirmar como um veículo multiplataforma, dando sequência ao movimento lançado em setembro de 2008 com a campanha “O Globo. Muito além do papel de um jornal”, que tenta posicionar a marca como sinônimo de “informação confiável, independentemente do meio onde é veiculada”.
O jornal O Globo, assim como muitos matutinos, tem nos colunistas verdadeiras “âncoras” para manter leitores e também garantir influência junto a políticos e empresários. Ao longo da carreira, Merval Pereira, uma dessas referências, tem cumprido diferentes funções no Grupo Globo: colunista do jornal O Globo, comentarista político da Rede CBN e da GloboNews. Com recorte liberal na economia, participa de eventos e mantém avaliações próximas às das entidades empresariais dos setores industriais e financeiros.
A exemplo de Pereira, Míriam Leitão também participa de diversos veículos do grupo, como comentarista de economia da TV Globo e da GloboNews; é colunista de O Globo desde 1991. Tem estilo mais moderado em relação à política geral; mantém, por exemplo, forte defesa pela punição de torturadores e executores de violações de direitos humanos na ditadura civil-militar e tenta se diferenciar da direita mais radical. No entanto, segue linha fortemente liberal em termos econômicos, tendo sido oposicionista contumaz dos governos progressistas e desenvolvimentistas de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e de Dilma Rousseff (2011-2016).
O jornalista Lauro Jardim teve passagens relevantes pelos principais veículos impressos brasileiros, como Jornal do Brasil, revista Exame e Veja, na qual chefiou a sucursal do Rio de Janeiro entre 1998 e 2008 e editou a coluna Radar entre 2000 e 2015. Em 2015, Jardim deixou a Veja e voltou ao jornal O Globo, onde iniciara a carreira.
Outro colunista de destaque é Ancelmo Gois, que, nos anos 1970, trabalhou como freelancer nas revistas especializadas da Editora Abril (como Veja). Depois de passagem pelo Jornal do Brasil, no começo dos anos 2000, substituiu Ricardo Boechat como colunista do jornal O Globo, função que mantém até hoje.
Jorge Bastos Moreno, embora tenha falecido em junho de 2017, merece menção porque tinha, então, mais de 40 anos de carreira, sendo 35 anos destes n’O Globo. Mantinha o Blog do Moreno, em que também tratava de política num estilo informal, com informações dos bastidores do poder em Brasília. Em março de 2017, havia passado a apresentar o talk show Moreno no Rádio, na CBN.
Irineu Marinho fundou O Globo declarando que o objetivo era “defender causas populares” e ser “independente” de forças políticas e econômicas. Todavia, as relações do jornal com forças políticas e econômicas foi sempre significativa. Para ilustrar essas relações, é possível elencar alguns momentos conhecidos do jornal: em abril de 1962, como porta-voz dos interesses de mercado, trouxe em destaque a matéria “Considerado desastroso para o país um 13º mês de salário”; em 1964, deu amplo apoio editorial ao golpe militar; em 2015 e 2016, apoiou o golpe parlamentar que retirou Dilma do poder; e em 2017 deu grande apoio às reformas de Michel Temer: uma análise das matérias sobre a reforma trabalhista no jornal revela que 88% eram favoráveis à reforma, assim como 75% das pessoas entrevistadas sobre o tema; entre as reportagens sobre a reforma da previdência, 90% se mostravam favoráveis e 72% dos entrevistados eram pró-reforma, apontou estudo da ONG Repórter Brasil.
Texto publicado em outubro de 2017.
Participação na Audiência
9.02% (IVC 2016)
Tipo de Propriedade
Privado
Cobertura Geográfica
Mídia nacional
Tipo de Conteúdo
Conteúdo pago (standard)
Empresas de Mídia / Grupos
Grupo Globo
Quadro Societário
O Globo pertence ao Grupo Globo, que é de propriedade da família Marinho.
Grupo / Proprietário Individual
Informações Gerais
Ano de Fundação
1925
Fundador
Irineu Marinho – fundou o jornal O Globo com Herbert Moses e Justo de Morais. Seu filho, Roberto Marinho, trabalhou como aprendiz do pai desde adolescente. Irineu Marinho faleceu 21 dias depois do lançamento do jornal.
CEO
Frederic Zoghaib Kachar - diretor geral da Infoglobo, Editora Globo e do jornal Valor Econômico; trabalha no Grupo Globo desde 1997.
Editor Chefe
Alan Gripp - diretor de redação de O Globo desde dezembro de 2017; foi repórter dos jornais O Fluminense, O Globo e Folha de S. Paulo e editor de política de O Globo; substituiu Ascânio Seleme, que passou a ser colunista do jornal.
Outras Pessoas Importantes
Colunistas de destaque: Lauro Jardim, Ancelmo Gois, Merval Pereira e Jorge Bastos Moreno (falecido em 2017).
Contato
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Informações Financeiras
Receita (US$ M)
Sem Dados*
Lucro Operacional (US$ M)
Sem Dados*
Publicidade (% da receita total)
Sem Dados
Participação no Mercado
Sem Dados
Outras Informações
Notícias
GDA. Jornal O Globo faz parte do Grupo Diários América (GDA), aliança de jornais quality paper conservadores na América Latina. Accessed 03 October 2017
Metadado
* Os jornais O Globo, Extra e Expresso pertencem a InfoGlobo Comunicação e Participações S.A. (CNPJ 60.452.752/0001-15), subsidiária do Grupo Globo. O faturamento da InfoGlobo (2016) é de R$ 590.5 milhões. As perdas são de R$ 83.4 milhões.
Fontes do Perfil do Veículo
Meio & Mensagem. Portfolio: O Globo. Accessed 02 October 2017
Comunicado (Termo de Compromisso de Cessação de Prática/Cade). O Globo. Accessed 15 Octobre 2017